Hoje, enquanto preparava uma torta, ao bater as claras em
neve, lembrei-me de minha querida mãe.
Quando tinha meus nove anos de idade eu sempre ficava
observando quando ela fazia um bolo. Daí
que ela ia explicando que as gemas deveriam ser muito bem batidas com o açúcar
e a manteiga que era para ele não ficar com gosto ou cheiro de ovo.
Ela também dizia que o fermento vinha antes das claras e
brincava: “se fermento faz crescer, fermento nele (no bolo) a valer! Quero que
o bolo fique gigante que é pra eu comer bastante!” e ríamos muito.
Sempre recomendava que eu não deixasse cair sequer uma gotinha
de água no prato onde as claras esperavam para serem batidas até ficarem branquinhas
em ponto de neve. Não tínhamos batedeira.
Descobri, muitos anos depois e por puro acaso, que isso não
passa de mito.
Ela já nem estava mais neste plano para que eu pudesse lhe
contar minha brilhante descoberta!
Ah, minha mãe! Domingo, dia 9, ela completaria 71 anos.
Muita, muita luz para ela e muita saudade para mim.
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Coisas que a gente vive na infância tem um sabor todo diferente, realmente um gosto de saudade. A minha mãe está com 91 anos, infelismente só está conosco fisicamente, por que sua memória está muito pre...seijudicada como é essa saudade.
Beijos
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